Archive for maio 30th, 2009
o velho, o copo e o trabalho
Se eles lá no fundo soubessem do que se tratava, não teriam feito deste seu pior erro. A não-manifestação que os afastou do reconhecimento de si no todo e como um todo. Pois o indivíduo só se manifesta como indivíduo na comunidade.
Mas como dizia Neruda – inundações . Os pobres vivem em baixo esperando que o rio se levante a noite e os leve para o mar – Por que esperaram?Por quem esperavam? – um salvador, um rei, um profeta, o Quércia, todos disseram que viriam aí.
Não perceberam sua força maior: o trabalho – O trabalho forjava eles, que em essência eram modificadores da natureza, e isso era a natureza deles, mover-se pelo trabalho, reconhecer-se pelo trabalho
O que definia o ser do copo, se não a cachaça que o velho bebia? -Lá estava o trabalho do copo, e beber era o trabalho do velho que outrora trabalhava e hoje já não conseguia mais.
– Meu caminho junta-se ao caminho de todos. E em seguida vejo que desde o sul da solidão fui para o norte que é o povo, o povo ao qual minha humilde poesia quisera servir de espada e de lenço para secar o suor de suas grandes dores e para dar-lhes uma arma na luta pelo pão – Pablo Neruda
nota – “a evolução e o crescimento dos movimentos populares de ocupação urbana e de desempregados exigem o aprendizado com os diferentes momentos da nossa história recente, de acordo com o processo de amadurecimento organizativo, que em plano básico são os responsáveis pela a construção da política autônoma e revolucionária.”- rafael borges deminicis -movimento dos trabalhadores desempregados