o velho, o copo e o trabalho

Se eles lá no fundo soubessem do que se tratava, não teriam feito deste seu pior erro. A não-manifestação que os afastou do reconhecimento de si no todo e como um todo. Pois o indivíduo só se manifesta como indivíduo na comunidade.

Mas como dizia Neruda – inundações . Os pobres vivem em baixo esperando que o rio se levante a noite e os leve para o mar – Por que esperaram?Por quem esperavam? – um salvador, um rei, um profeta, o Quércia, todos disseram que viriam aí.

Não perceberam sua força maior: o trabalho –  O trabalho forjava eles, que em essência eram modificadores da natureza, e isso era a natureza deles, mover-se pelo trabalho, reconhecer-se pelo trabalho

O que definia o ser do  copo, se não a cachaça que o velho bebia? -Lá estava o trabalho do copo, e beber era o trabalho do velho que outrora trabalhava e hoje já não conseguia mais.

–  Meu caminho junta-se ao caminho de todos. E em seguida vejo que desde o sul da solidão fui para o norte que é o povo, o povo ao qual minha humilde poesia quisera servir de espada e de lenço para secar o suor de suas grandes dores e para dar-lhes uma arma na luta pelo pão   –   Pablo Neruda

nota – “a evolução e o crescimento dos movimentos populares de ocupação urbana e de desempregados exigem o aprendizado com os diferentes momentos da nossa história recente, de acordo com o processo de amadurecimento organizativo, que em plano básico são os responsáveis pela a construção da política autônoma e revolucionária.”- rafael borges deminicis -movimento dos trabalhadores desempregados

textos sobre textos

Tempos remotos, na era em que os homens ainda desenhavam a caneta sobre papel, em que árvores ainda viviam entre nós.

Sempre quietas nos seus cantos debatendo a respeito das teorias de uma grande revolução dos vegetais, que provavelmente fosse a grande solução para a salvação do planeta, ou pelo menos algo que pudessem deixar as gerações futuras.

Não escolheriam para si heróis ou mitos, não lutariam movidas por simples paixões sequer se organizariam por uma hierarquia como tradicionalmente conhecemos.

Cremos ter sido esse um dos motivos  da derrota da espécie humana, olhávamos para o brócolis e não nos importavam; tentávamos destruir as sequóias, os abricós de macacos, que por serem maiores nos pareciam mais perigosas e mais importantes no exército inimigo. E não percebemos, que os brócolis e gramas conquistavam territórios, enquanto alfaces e tomates nos envenenavam com nosso próprio agrotóxico.

Hoje a guerra acabou e os poucos homens que sobraram(entenda: os poucos homens que puderam pagar)  vivem aqui neste belo resort lunar a espera de quem sabe um dia poder voltar . Até lá vamos aproveitando os dias de Terra Cheia, curtindo nossas festas mas com duas tristezas no coração:

-não podermos nos considerar ricos num lugar que não tem mais pobres,

e nesta merda de gravidade é impossivel jogar golf.

-Saudades dos tempos de Terra… toda aquela cultura roubada pelos europeus, o grande e pacifico Estados Unidos da América, … e aquele lugar onde  sempre aparecem uns meninos magros morrendo de fome cheio de moscas em volta, sem os quais a national geographic não teria a mesma graça.

desenhos de Aldrey Baldo
da bic ao 3Dmax que venham as vitorias

tudo tem solução basta uns limões, um sinal e um pouco de habilidades

Um homem vende um cavalo; compra uma kombi; inicia uma frota ilegal; consegue assim  ganhar dinheiro na mafia da kombi.

e entao?

pode comprar um rolls royce; meio antigo… sim, mas num deixa de ser um rolls royce. fantastico! ele agora é um burgues.(galera do PSTU levantando as bandeiras e vaiando)

Com olhar de aristocrata pode beber sua garrafa de vinho e plantar uma arvore para ajudar o planeta; criticar o bush e crer que a salvação está em obama, conhecer a verdade do mundo através do Jornal Nacional ,… da sacada da janela de sua pousada avista um pobre e diz:

– ae neguin, toca um pouco desse berimbau pra eu ver se tu é bom…. tu tem futuro tu tem futuro…

Comentário de um intelectual pós-moderno qualquer:

– bem, a imagem expressa uma reflexão sobre a sociedade contemporanea na qual vivemos onde marcada pela multiplicidade dos fluxos dos movimentos com o qul o homem se transporta para um mundo cuja natureza é fabricada por si e desconstruída  por um berimbau.

Cidadão do berimbau comentando intelectual pós-moderno:

-humm , mas diz aê:   o da garrafa. é da boa  ou é fraquinha?

sugestão para iniciar os trabalhos

Este trem fala sobre qualquer coisa e porra nenhuma, porém evitarei textos imensos e cansativos ( ou pelo menos apenas imensos) visto não ter muita paciência para tal e saber que a maioria das pessoas também não possuem a mesma para ler.

também não será um antro de pornografia, embora eu vá usar a palavra pornografia inúmeras vezes para que pessoas acessem por engano evitarei neste espaço mostrar pornografias como sexo sado-masoquista, lésbicas, mulheres nuas, striptease ou outros  do genero.

Sobre erros ortográficos: – moro num País onde ainda  há mortes por subnutrição e milhares de famílias vivem abaixo da linha da miséria, então seu fdp que vier cobrar a respeito de erros de portugues, não me importam muito, tem coisas mais sérias para voce cobrar.

A sua opinião caro leitor (se ainda houver algum) neste trem conta muito inclusive para o desenrolar da história, porém a minha prevalece, afinal isso aqui não é uma democracia.

Assim como não creio em mídia imparcial, portanto não espere isto deste lugar, se você acredita que essas bobagens existem te recomendo acessar http://maisvoce.globo.com/ ou http://www.lucianagimenez.com.br/ ou outra merda do tipo.