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e por que não?

Archive for the ‘opinião’ Category

Rio 2016 – Qual o foco do projeto urbano?

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“colocar penas em sua cabeça não o torna uma galinha” – clube da luta
Trazemos  aqui ao Linhas de Fuga mais um vez a questão urbana do Rio de Janeiro em sua preparação para os eventos que estamos a receber. Seja a Copa do Mundo de 2014 ou os Jogos Olímpicos de 2016;  ambos  estão funcionando como justificativa  para aplicação de uma política urbana  não debatida com a população,  política esta que cai no nosso colo sem que nada possamos fazer.
Um bom projeto deve prezar pelo Simples, mesmo que o Simples não seja algo fácil, o debate que este texto irá propor parte deste ponto, e sobre ele nos debruçaremos a compreender  o que está acontecendo com nossa cidade.
Primeiro, o que seria o Simples?
A Simplicidade é o projeto resolver as questões necessárias  e essenciais ao qual se compromete e para quem se compromete.
A reestruturação urbana para o Rio 2016 não está fazendo isso?
Se compreendermos que as intervenções realizadas tem a função de preparar a cidade para receber os jogos olímpicos, podemos dizer que SIM, o projeto apresentado está estruturando a cidade para realizar os jogos olímpicos. Porém aí é que mora a malandragem dos discursos.
O discurso está inverso, pois não deveria seguir um parâmetro de a Cidade do Rio de Janeiro ser modificada para os jogos de 2016, mas sim que os jogos olímpicos de 2016 atuarem como fomentador de uma reestruturação urbana da Cidade do Rio de Janeiro de forma a democratizar a mesma.
Mas isto não é o que está sendo feito?
Não. O foco da reestruturação urbana proposto pela atual prefeitura está todo voltado a recepção dos grandes eventos, e perdeu o seu foco real: reestruturar a cidade para os seus cidadãos.
O que temos é uma política de reestruturação que faz ações como, projetos de transporte que permitirão a rápida conexão dos pontos onde ocorrerão os jogos, porém para a realização disto temos bairros inteiros sofrendo cortes bruscos de seu tecido, a moldes já vistos nesta cidade, cujo resultado pós-intervenção já conhecemos: degradação da economia local destas áreas, desvalorização dos bens, entre outros.
Da mesma forma temos visto políticas de segurança pública estrategicamente definidas a proteger as áreas de influencia dos equipamentos olímpicos, afastando as mesmas para áreas fora do eixo de visibilidade.
Todas as intervenções que temos visto nos são vendidas como a solução para a cidade do Rio de Janeiro, ou como algo de extrema importância devido aos Jogos Olímpicos, trabalhamos em nosso subjetivo a crença de que somos subservientes aos Jogos ao invés de  inverter  a lógica do raciocínio e percebermos que possamos realmente construir uma cidade melhor, cujo planejamento urbano seja focado no que realmente deve ser; a melhoria das condições de vida de seus cidadãos e não a melhoria das condições de realização dos jogos olímpicos.
E Assim retornamos a citação inicial : – “colocar penas em sua cabeça não o torna uma galinha” – clube da luta
saiba mais a respeito no :
 aompanhe os debates do- comitê popular rio 
moradores de madureira fazem protesto contra a TRANSCARIOCA – fazendomedia
Qual o plano de Cidade nos projetos da COPA 2014? – observatório de metrópoles
Apresentação sobre o impacto das obras para a COPA 2014 – GeoCEA 
Transportes no Rio de Janeiro – Linhas de fuga 
Cidades dos Fluxos e movimentos 
Obras do Maracanã
postagem original em : linhasdefuga.com/rio2016-qual-o-foco

Written by Bertamé

15 de setembro de 2011 at 19:45

Publicado em opinião

cagada

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«”Queremos latrinas!” exclamaram eles para estupefacção geral. “Temos que sair e ir fazer as nossas necessidades ao ar livre. As latrinas são para vocês, gente importante”»

-Mahatma Gandhi contando as dores dos intocáveis, Comissão de Saneamento de Rajkot, 1896

Sentar a privada pelas manhãs, abrir o jornal e acompanhar os fatos do dia anterior enquanto o corpo liberta-se com uma bela cagada, pode ser o começo escondido de um clássico comercial de margarina qualquer.  Mas como todo cidadão de bem, tendemos a esconder nossos esgotos, sequer divulgando a necessidade de existencia deles.

Para a midia de massa grandes homens não defecam, e se acaso assim aparecerem, será em alguma situação cômica.   Para o resto do mundo porém esta situação habita no universo do drama.

José  saiu de casa apressado para não perder o onibus expresso (que o permite chegar um pouco mais cedo no local de trabalho, evitando o atraso das outras opções de transporte publico local) sua pressa lhe custou o perigo de sair de casa sem dar sua barrigada cotidiana.

o tramular da viagem, o calor, o stress ja de inicio de dia, barulho, fumaça, cheiro da cidade, e a dor começa, a fisgada fina parece que vai sair , mas joão heroicamente segura e evita o pior.

duas horas e meia de viagem… e a luta interna de joaquim contra a natureza começa a piorar. Diferente de muitos combates, a merda adiquire mais força com o tempo da luta, a dor se espalha pelo corpo, jó começa a suar ter tremores, e o telefone toca.  -puta que pariu. ele atende, já não consegue falar coisa com coisa é dificil concentrar-se em falar diante de tão árduo combate.vaso sanitario

José chega finalmente ao seu destino, o centro da cidade, mas ainda tem que andar muito    até o local do seu trabalho, a sua derrota já está muito próxima, só uma coisa  lhe resta, encon-trar um banheiro.

primeiramente procura em estabelecimentos comerciais de alimentos, de cara entra em uma rede de fast food¹ lugar é perfeito para o ato, é proibido de usar o banheiro, este é destinado apenas a consumidores e só estará aberto após as DEZ horas.  Desesperadamente atravessa a rua e entra em um bar,  e mais uma vez a frustração,  o banheiro tem apenas um mictório

josé , um grande guerreiro, após tentar em mais uns cinco estabelecimentos diferentes não resiste ao chamado e decide fazer no canteiro mesmo. achou um meio escondido entre uma banca de jornal e um muro. e finalmente o alivio… o cantico final de um sofrimento e quando pareceria a volta a um comercial de margarina, vem a voz.

– O  vagabundo, num pode fazer isso em local publico não, é crime. e joão com as calças na mão é arrastado pro xilindró.

josé num ficou preso não, foi só o tempo suficiente para se explicar na delegacia e perder o emprego por motivos de atraso.

nota 1 – estabelecimento de exploração de mão de obra juvenil e cuja alimentação tem qualidade questionável.

privada bide e lavatorio usados R$ 1800,00.  mercado livre

até 2007, 50,56% das residências nacionais ainda não eram atendidas por redes públicas de esgotamento sanitário.  – segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas  (FGV)

Written by Bertamé

22 de julho de 2009 at 04:02

Publicado em opinião

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de volta ao sanatorio

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uma semana fora por necessidades psiquiatricas

deixo como recomendação pra quem le isso:

– leiam os sites uns dos outros, visitou aqui procura nos comentarios e comentem uns com os outros.

-leiam ou baixem os materiais que tem estado no SCRIBD e no QUATROSHARED antes que seja obrigado a tirar por não pagar copyright.

– spamzem alguma coisa quando postarem comentario aqui  ou criem sua propria postagem no comentario.

-o mundo está em constante metamorfose então questionem tudo que lerem, verem ou ouvirem

-criem redes de discussão e de ação também
-e assistam essa vinheta ridicula feita com uma maquina fotografica e um editor de video, provavelmente piratão.

leiam isso : Vítima de preconceito histórico, o funk carioca sofre com a repressão policial e com uma imposição temática por parte de empresários   – funk carioca, brasil de fato

Written by Bertamé

3 de julho de 2009 at 23:09

Publicado em opinião, sobre o nada

Michael Jackson

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Sofrer acusações de pedofilia, qualquer um pode sofrer, tem uns que o são abertamente e ninguém condena.

Ser acusado de ter mais plástico do que matéria organica no corpo; a angela Bismarchi tem e ninguem reclama.

Ser acusado de jogar toda sua fortuna fora, o seu guinle fez isso ( e com estilo).

Ser acusado por estar todo endividado, quase todos nós brasileiros estamos.

Ser acusado de ter feito algumas musicas pop ruins, o Latino SÓ faz musicas ruins.

Quanto a mudar de cor, Machado de Assis também nasceu negro e morreu branco (segundo sua certidão de nascimento e certidão de óbito)

O que importa é, até alguns dias atrás ele era motivo de chacota e hoje pós-morte voltou a ser reconhecido como um ícone da cultura pop (afinal para a midia um morto vale mais que cem vivos). Se o cara comeu o macaulay culkin, dane-se a gente num tem nada a ver com isso, o estado de israel mata palestino todo dia e a ONU caga pra isso, conclusão o cú do macauly culkin é mais importante para a midia do que o povo palestino?

Michael Jackson pode até não ter feito grandes transformações estruturais no mundo, mas transgrediu brutalmente toda a subjetividade tradicional de seu tempo, abrindo caminho para uma gama de discussões a respeito da própria cultura em que vivia, o valor efemero ou não da imagem, as questões sexisistas e raciais.

alguns videos de coveres que catamos  no vocetubo:

Written by Bertamé

27 de junho de 2009 at 03:09